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Associação entre peso ao nascer e o excesso de peso na infância

As modificações no perfil nutricional das populações nas últimas décadas têm se caracterizado pelo aumento da obesidade e redução nas prevalências de desnutrição entre adultos e crianças com a ocorrência simultânea de ambas em regiões em desenvolvimento 1.

Além de promover distúrbios na esfera psicossocial durante a infância e adolescência, estudos têm sugerido uma associação entre a obesidade na infância e na vida adulta e maior risco para doenças crônicas não transmissíveis 2,3.

Diversos fatores têm sido associados a esse fenômeno, entre esses, o peso ao nascer, tornando-o um dos mais importantes temas da Saúde Pública da atualidade.  

Contudo, apesar de um grande número de publicações evidenciar uma associação predominantemente positiva entre o peso ao nascer e o excesso de peso na infância, não foi possível estimar, em uma única medida, o quanto o peso ao nascer contribui para o surgimento do sobrepeso e/ou obesidade, seja pelas várias definições atribuídas ao excesso de peso pelos diferentes desenhos utilizados ou às limitações relacionadas aos métodos de análise empregados.

O objetivo principal desta revisão é identificar pontos concordantes e inconsistentes nos artigos que analisaram a associação entre o peso ao nascer e o excesso de peso na infância.

Dentre os aspectos a serem analisados, incluem-se: critérios adotados para definir peso ao nascer, sobrepeso e/ou obesidade, desenhos de estudos, co-variáveis e medidas de efeito utilizadas na análise, entre outros itens.